quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Camões e o fogo!


O vestibular da Universidade da Bahia, cobrou dos candidatos a interpretação do seguinte trecho, do poema de Camões:

“Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.”

Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação:

“Ah Camões! se vivesses hoje em dia
Tomava uns antipiréticos
Uns quantos analgésicos
E Prozac para depressão
Compravas um computador
Consultavas a internet
E descobririas que essas dores que sentias,
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não era feridas de amor
Mas somente falta de sexo”

A vestibulanda tirou nota DEZ: Pela originalidade, pela estrutura dos versos, das rimas insinuantes, e também foi a primeira vez que ao longo de mais de 500, anos alguém desconfiou que o problema de Camões era apenas falta de sexo! 

Nota: Dizem que “A analise do poema (em questão)” é de uma aluna de 16 anos do ensino médio de Portugal.
E agora, foi na Bahia ou em Portugal?  Ou a baiana conseguiu a façanha?  
“Ai meu rei, ó paí ó, que preguiça de decorar uma respostinha de uma portuguesa que, pra minha sorte caiu no dia seguinte no meu vestibular”

Seja como for, eu adorei essa “intertextualidade” que a  baiana ou a portuguesa fez.
Aaah Camões era só sexo e você fez esse drama todo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário